Inserção Social do Programa
Todo conhecimento gerado por meio de pesquisa é de suma importância ao desenvolvimento da ciência e tecnologia em nível local, estadual e regional. Diante do exposto, pode-se afirmar que a inserção social está ocorrendo de forma contínua e que as Ciências Agrárias contribuem imensamente para o sucesso do agronegócio no semiárido brasileiro, onde, particularmente, deve-se destacar a importância do Manejo do Solo e da Água como base para o desenvolvimento da maior parte das atividades da produção e da produtividade agrícola. Esta área deve estar sempre focada em produzir minimizando a degradação dos solos e recursos hídricos do semiárido brasileiro. Neste contexto, a formação de recursos humanos é o ponto mais importante para o sucesso do agronegócio.
Os recursos hídricos e ambientais, especialmente água e solo, são a base para o desenvolvimento sustentável das atividades agrícolas e agroindustriais. Portanto, manter a qualidade destes recursos é fundamental para a sustentabilidade econômica, técnica e social dos sistemas produtivos no semiárido brasileiro. O aumento do uso inadequado dos solos resultando na sua degradação, a alteração da qualidade e quantidade de águas de boa qualidade, a necessidade de uso de águas de qualidade inferior, os conflitos de setores que utilizam os recursos hídricos disponíveis e as exigências de mercado por produtos ambientalmente certificados forçam o desenvolvimento de modelos de exploração capazes de compatibilizar o crescimento econômico com a sustentabilidade ambiental, realidade hoje de várias cadeias produtivas. Neste contexto, destacam-se o PPGMSA com grandes potencialidades no desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação no semiárido com foco nas áreas estratégicas da agricultura irrigada, petróleo e sal que são os pilares da economia do Estado do Rio Grande do Norte.
O semiárido brasileiro tem apresentado, nas últimas décadas, a expansão de uma agricultura diversificada e de grande produtividade. No Estado do Rio Grande do Norte, a agricultura é bem diversificada, com enfoque para o cultivo de arroz, algodão, feijão, fumo, mamona, cana-de-açúcar, mamão, melão, coco, mandioca, melancia, manga, acerola, banana, caju, milho e outros. O desenvolvimento de técnicas para a prática da fruticultura irrigada (principalmente do melão) proporcionou um grande aumento da produtividade, fortalecendo as exportações, especialmente para a Europa, atividade que gera quase 100.000 empregos diretos e indiretos no Estado do Rio Grande do Norte, o responsável por 90% da exportação brasileira de melão. A vocação industrial extrativista do Estado do Rio Grande do Norte o coloca hoje no pódio como principal produtor de sal e de petróleo em solo do país. Contribui com 91% da produção de sal marinho do país, gerando cerca de 65.000 empregos diretos e indiretos. O Estado do Rio Grande do Norte ocupou a quarta colocação no cenário nacional em relação à produção de petróleo explorado no solo e mar, com 20,43 milhões de barris; considerando apenas a produção de petróleo em solo, o Estado do Rio Grande do Norte ocupa a primeira colocação nacional com 18,18 milhões de barris produzidos.
A inserção social promovida pelo PPGMSA ocorre em distintas formas, dentre as quais se destacam:
– A boa inserção dos egressos, principalmente dos doutores, no mercado de trabalho, seja como docente de instituição de ensino ou como prestador de serviço de assistência técnica e extensão rural, levando para a sociedade o conhecimento adquirido com a pesquisa e o ensino no PPGMSA.
– A Profa. Carolina Malala Martins, no ano de 2017, esteve envolvida com a ação de extensão “Solos para Todos” na UFERSA, onde foi levando conhecimento e capacitação sobre solos aos professores da rede básica de ensino dos municípios de Caraúbas e de Governador Dix-Sept Rosado (https://assecom.ufersa.edu.br/2017/10/09/programa-solos-para-todos-da-ufersa-leva-capacitacao-a-professores-da-rede-publica-da-regiao/). A Profa. Carolina Malala Martins capacitou cerca de 30 professores dos ensinos fundamental e médio por meio de ações teóricas e práticas previstas no projeto. Esses professores aprenderam toda a teoria básica de formação do solo e suas características, tendo como objetivo central a transformação dos mesmos em multiplicadores do conhecimento e disseminadores do aprendizado para os seus alunos.
– A Profa. Carolina Malala Martins, desde o ano de 2015, está à frente de ações para lembrar o Dia Mundial do Solo que é comemorado em 5 de dezembro, segundo a ONU. Nesta data todos os países e entidades ligadas a Ciência do Solo dedicam este dia às práticas de campo e discussões voltadas para o uso, manejo e conservação do solo no mundo (https://assecom.ufersa.edu.br/2015/12/10/alunos-e-professores-da-ufersa-promovem-acoes-para-lembrar-o-dia-mundial-do-solo/).
– Os Profs. Fábio Henrique Tavares de Oliveira e José Francismar de Medeiros analisam os laudos de análises de solo, água e planta emitidos pelo LASAP para atender as necessidades de produtores rurais e empresários do Estado do Rio Grande do Norte.
– O Prof. José Espínola Sobrinho sempre esteve à frente de ações voltadas para área de agrometeorologia, atendendo constantemente os produtores rurais e a população do Estado do Rio Grande do Norte que o procuram para o esclarecimento de dúvidas sobre previsão do tempo e mudanças climáticas. Além disso, o Prof. José Espínola Sobrinho presta esclarecimento a sociedade sobre dúvidas na área de agrometeorologia através de entrevistas e reportagens em veículos de comunicação. O Prof. José Espínola Sobrinho é o responsável pela estação de dados climáticos da UFERSA, dados esses que atendem as necessidades de produtores rurais e de pesquisadores. No dia 14 de agosto de 2017 o Prof. José Espínola Sobrinho, foi agraciado com a Láurea Sergio Westphalen durante a abertura do XX Congresso Brasileiro de Agrometeorologia (CBAGRO), em Juazeiro, na Bahia. O prêmio de reconhecimento foi entregue pela presidente da Sociedade Brasileira de Agrometeorologia (SBAGRO), Denise Cybis Fontana (https://assecom.ufersa.edu.br/2017/08/15/professor-da-ufersa-e-homenageado-no-xx-congresso-brasileiro-de-agrometeorologia/).
– O Prof. José Francismar de Medeiros desenvolve pesquisa em parceria com a EMPARN voltada para a produção de palma forrageira com águas residuárias e rejeito salino, visando à produção de alimentos para as criações de rebanhos do semiárido, particularmente nos períodos de estiagem prolongada.
– O Prof. Leilson Costa Grangeiro coordena os projetos de extensão intitulados “Produção e qualidade de melão cantaloupe em função da aplicação de reguladores vegetais”, “Produtividade e dinâmica do acúmulo de nutrientes em híbridos de melão amarelo” e “Crescimento e acúmulo de nutrientes em híbridos de melão amarelo” financiado pelas empresas privadas Brandt, Sakata e Syngenta, respectivamente. A realização destes três projetos de extensão tem grande relevância acadêmica, científica e de extensão, proporcionando maior intercâmbio de conhecimento e estreitamento dos laços entre pesquisadores do PPGMSA e o setor produtivo.
– O Prof. Luis César de Aquino Lemos Filho, organizou e coordenou uma visita técnica em obras da transposição do Rio São Francisco nos Estados do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, com discentes de graduação e pós-graduação da UFERSA (https://assecom.ufersa.edu.br/2017/08/01/alunos-da-ufersa-realizam-visita-tecnica-em-obras-da-transposicao-do-rio-sao-francisco/).
– O Prof. Marcelo Tavares Gurgel organizou e coordenou o I Workshop “Indústria Salineira em Foco: Perspectivas de Novos Negócios, realizado dia 09 de agosto de 2017 no campus da UFERSA em Mossoró-RN. Este evento apresentou, aos estudantes e empresários do setor salineiro, o potencial de riqueza que existe nas salinas do Estado do Rio Grande do Norte, onde, a partir dos rejeitos do sal geraram fertilizantes e matérias primas para a indústria da beleza, mecânica, entre outras (https://assecom.ufersa.edu.br/2017/08/01/ufersa-discute-potencial-da-industria-salineira-em-workshop/). Neste mesmo evento, o Prof. José Francismar de Medeiros proferiu a palestra “Produção de gesso agrícola e de fertilizantes provenientes da indústria salineira no RN: Uso agrícola na fertirrigação, hidroponia, mineralização de animais, indústria de cosméticos, entre outros”.
– Os Profs. Miguel Ferreira Neto e José Francismar de Medeiros coordenaram e organizaram o curso “Introdução a Geoestatística Utilizando o VESPER” ministrado pelo Pesquisador Ronaldo Pereira de Oliveira da EMBRAPA Solos, no período de 6 a 7 de março de 2017, no campus da UFERSA em Mossoró.
– Os Profs. Miguel Ferreira Neto e José Francismar de Medeiros coordenaram e organizaram o curso “Mapeamento de Atributos de Solo Utilizando Sensores de Proximidade no Campo” ministrado pelo Pesquisador Ronaldo Pereira de Oliveira da EMBRAPA Solos, no período de 8 a 9 de março de 2017, no campus da UFERSA em Mossoró.
– Os Profs. Miguel Ferreira Neto e José Francismar de Medeiros são também autores do Boletim Técnico publicado em 2017 pela EMPARN sobre recomendação de Adubação para o estado do Rio Grande do Norte – Primeira Aproximação.
– Os Professores Nildo da Silva Dias e José Francismar de Medeiros, organizaram o lançamento do livro intitulado “Manejo da Salinidade na Agricultura: Estudos Básicos e Aplicados” na Biblioteca Orlando Teixeira da UFERSA, no dia 14 de agosto de 2017 (https://assecom.ufersa.edu.br/2017/08/14/livro-sobre-manejo-da-salinidade-na-agricultura-e-lancado-na-ufersa/). O livro, composto por 30 capítulos, mostra a complexidade da salinidade na agricultura irrigada, integra cientistas que trabalham com pesquisa básica e aplicada e contribui com a formação de recursos humanos para pesquisa por meio de sua utilização em cursos de graduação e pós-graduação.
– O Prof. Nildo da Silva Dias organizou o I Simpósio de Manejo de Solo e Água, II Workshop de Manejo de Água de Qualidade Inferior na Agricultura, I Encontro do Projeto CASADINHO/PROCAD – UFERSA/ESALq/UFV no período de 06 a 09 de dezembro de 2016 no campus da UFERSA em Mossoró-RN (https://assecom.ufersa.edu.br/2016/12/07/simposio-da-ufersa-aborda-problemas-do-solo-e-da-oferta-de-agua-no-semiarido/). Neste evento foram realizados cinco (05) minicursos (Minicurso 1: Reuso de águas em cultivos hidropônicos; Minicurso 2: Automação e uso de sistemas de irrigação alternativos; Minicurso 3: Dinâmica e disponibilidade de água no solo; Minicurso 4: Compostagem de resíduos biodegradáveis; e Minicurso 5: Recuperação de áreas degradadas); mesas redondas; palestras; e visitas técnicas.
– O Prof. Nildo da Silva Dias organizou o II Simpósio de Manejo de Solo e Água, realizado de 05 a 09 de dezembro de 2017 no campus da UFERSA em Mossoró-RN. Neste evento foram realizados seis (06) minicursos (Minicurso 1: Aproveitamento de resíduo orgânico na forma de biocarvão; Minicurso 2: Dinâmica da água e de solutos no solo; Minicurso 3: Sistemas inteligentes de manejo de água e controle de nutrientes em áreas fertirrigadas; Minicurso 4: Armazenamento e monitoramento da água no solo; Minicurso 5: Fertirrigação; e Minicurso 6: Hidrologia de regiões semiáridas); mesas redondas; palestras; e visitas técnicas (https://www.even3.com.br/smsa2017).
– O desenvolvimento de pesquisas que gerem produtos e processos que beneficiem a sociedade, inclusive os agricultores e a agricultura familiar do semiárido brasileiro. Neste sentido, o Prof. Nildo da Silva Dias coordena o projeto intitulado “Produção Agrícola Familiar Utilizando Rejeito da Dessalinização”, onde sua equipe desenvolveu um sistema integrado de tecnologias sociais para destinar adequadamente os rejeitos produzidos em dessalinizadores instalados em assentamentos e comunidades rurais do semiárido brasileiro. Sendo que os resultados desta pesquisa permitem que agricultores e a agricultura familiar utilizem o potencial agrícola dos rejeitos salinos para a produção animal e vegetal, viabilizando a produção agropecuária em regiões com problemas de escassez hídrica com a garantia da segurança alimentar e nutricional. Com este projeto inovador que envolve pesquisa e extensão, o Prof. Nildo da Silva Dias e sua equipe conquistaram a primeira colocação do Prêmio ANA (Agência Nacional de Águas) do ano de 2017, na categoria Pesquisa e Inovação Tecnológica, no dia 06 de dezembro de 2017 (https://assecom.ufersa.edu.br/2017/12/06/projeto-da-ufersa-conquista-premio-ana-2017-na-categoria-pesquisa-e-inovacao-tecnologica/). O Prof. Rafael Oliveira Batista, desde o ano de 2010, atua em pesquisas voltadas para o desenvolvimento e monitoramento de mini-estação de tratamento e uso agrícola de águas residuárias domésticas para atender as necessidades de agricultores e da agricultura familiar do semiárido brasileiro. A parceria entre o Centro Feminista 8 de março e o Prof. Rafael Oliveira Batista da UFERSA, no contexto do projeto BRAMAR, possibilitou a criação de um protótipo de estação de tratamento e reuso da água para a agricultura familiar, denominado sistema “Água Viva” e no dia 10 de novembro de 2015, o sistema “Água Viva” venceu prêmio nacional de Tecnologias Sociais na categoria “Mulheres” organizado pela Fundação Banco do Brasil. Esta tecnologia social foi financiada pela União Europeia através do projeto “Mulheres Do Quintal ao Mar”, resultado do processo de auto-organização das mulheres do Assentamento Monte Alegre I, de Upanema (https://centrofeminista.com/2015/11/10/projeto-agua-viva-do-centro-feminista-8-de-marco-e-o-vencedor-do-premio-fundacao-banco-do-brasil-de-tecnologia-social/). O Prof. Miguel Ferreira Neto, desde o ano de 2009, atua em pesquisas voltadas para o reúso da água em assentamentos rurais do semiárido brasileiro. No assentamento Milagres na Chapada do Apodi, em Apodi, foi instalado um sistema de esgotamento sanitário composto por sistema de canalização, estação de tratamento e sistema de reúso da água. Este sistema permite que os criadores de animais do assentamento tenham forragem o ano inteiro, mesmo em período de seca.
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